terça-feira, 31 de julho de 2012

Estrutura pra que?

  Hoje assistindo os noticiários locais aqui em Pernambuco vi algumas reportagens sobre um homem ficou em cima de um poste e ameaçava se jogar. Não vou entrar na questão da razão da pessoa que subiu no poste ou nada do tipo. Continuando, em um determinado momento o rapaz se jogou e os bombeiros haviam colocado colchões para amortecer a queda. E a explicação foi que o batalhão ainda não tem os equipamentos para esse tipo de situação, e por isso precisou improvisar.


  E a questão que eu quero levantar não é apenas no caso desses bombeiros, citei só como um exemplo da estrutura que temos no Brasil. Não só deles, mas como de outras profissões, tanto as relacionadas como policiais, como as não diretamente relacionadas como professores. Assim como determinado equipamento é essencial para bombeiros, imagine um policial trabalhando sem armas, professores sem livros ou sem condições. E essa é nossa realidade, alguns dizem que são só em alguns pensam que isso só acontece em casos isolados, mas é pelo contrário, acontece na maioria dos lugares, profissionais essenciais na sociedade tendo que se virar para fazer um bom trabalho em más condições.

  Quantas greves nós vemos, paralisações, o povo sai prejudicado mas no fundo a culpa é do próprio povo, que colocou no poder pessoas que não se importaram com isso. Enquanto um deputado ou senador qualquer ( que fique claro que não se pode generalizar, existem os péssimos políticos mas também existem os bons) ganha seus R$20 mil, mais diversos bônus que tornam o salário maior do que já é e ainda tem uma estrutura de primeiro mundo a sua disposição para "trabalhar", outras pessoas ganham o mínimo para se manter, por causa de leis que esses próprios políticos citados fazem para seu benefício.

  Fica  repetitivo falar sempre que o problema é político, mas é isso que rege o país, se quer algo diferente só podemos mudar através dela. E pra quem reclama e acha que política é um "saco" e não deve ser discutida, peço desculpas mas você também não pode criticá-la depois. A única coisa realmente estruturada no Brasil é a própria política, mas estruturada da forma de ver deles, não nossa.

 "O Brasil só vai para frente quando política for feita por vontade, não por interesse."

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Educação ou "morte"

  Aristóteles afirmava que "A educação tem raizes amargas, mas os seus frutos são doces". Receio que na educação pública brasileira os frutos se apodrecem antes mesmo de ficarem maduros. Algumas semanas atrás li sobre a notícia de que as cotas raciais e sociais iriam aumentar, devemos encarar cada uma de forma diferente, mas em um país que realmente se preocupasse com a educação essas medidas não precisariam ser tomadas.


 Falando sobre as cotas sociais, alunos de baixa renda que estudaram em escolas públicas terão um aumento nas cotas do vestibular. Isso é uma ajuda aos que tem menos condições? Sinceramente não. Isso é apenas jogar a sujeira debaixo do tapete. Não investem na qualidade da formação então no fim das contas é necessária uma "correção" para amenizar os problemas. Cotas não são a solução, a solução é investir na melhora da área. É indiscutível que educação é um dos maiores pilares de uma sociedade desenvolvida. Mas infelizmente a atenção não só nesse caso está voltada para os "consertos". Quando uma rua tem buracos, uma solução provisória é colocar terra ou brita por exemplo. Quando a educação é de má qualidade, a solução que não é provisória é dar um tipo de bônus aos alunos que tiveram esse mal ensino. E assim formamos profissionais diversas vezes desqualificados, porque não nos importamos, não cuidamos, não preparamos.

 Sobre a cota racial, não vou me alongar pois não é o foco do texto, mas sou contra já que a prórpia separação de cotas é uma espécie de diferenciação e discriminação, e conheço negros que são totalmente contras.

 Para terminar esse texto que foi curto, mas foi até onde eu queria. Temos que entender que absolutamente tudo isso, está envolvido com o tema do último texto. Eleições, política. Só mudando, questionando, querendo e tentando que nós podemos mudar alguma coisa. Hoje a educação pública (não a nível superior) está muito abaixo do aceitável, e até o aceitável nós não devemos aceitar.


PS: Obviamente existem escolas públicas de boa qualidade, mas são excessões, assim como existem alunos de escolas de má qualidade que são altamente capazes e não se deixam limitar por essa falta de instrução, mas, é outra excessão.

sábado, 21 de julho de 2012

Educação política.

   Eleições chegando, novamente lemos e ouvimos aquela velha conversa sobre revoluções que o povo brasileiro poderia fazer na hora de ir as urnas. "Vamos votar nulo, com 51% de votos nulos podemos terumanova eleição com novos candidatos", e a verdade é que essa e outras "soluções" não vão resolver em nada nosso problema. A questão não está em excluir os candidatos errados das eleições, e sim em escolher os certos.



 Confesso que se tratando de experiência em votar eu não tenho nenhuma, por decisão própria, não quis votar nas últimas eleições mas desde muito antes já tenho minhas ideias sobre o assunto. Quando digo que não se trata de excluir os candidatos ruins é simples, não precisamos anular todos os candidatos querendo uma nova eleição, isso atrapalha mais do que ajuda. Precisamos saber em quem estamos votando, mas como dificuldade nenhuma vem sozinha, o problema é bem maior. Não se trata de algumas pessoas analisarem e escolherem os melhores candidatos. Trata-se de milhões de brasileiros terem acesso a melhor educação e a informação.

  É um tanto complicado criticar políticos que nós mesmos elegemos, pessoas que votam em Paulo Maluf mesmo sabendo comprovadamente o histórico criminal do mesmo. Nesse ponto temos informação mas não a educação.A política no Brasil (não só no Brasil, mas talvez principalmente aqui) é tratada como um assunto qualquer. Vamos colocar qualquer um lutando por nossos direitos, pois bem, "pior do que tá não fica". Engano nosso, fica sim, fica bem pior, cada ano que achamos não sair do lugar na verdade estamos dando passos para trás. A falta de avanço não significa apenas ficar estagnado, representa um verdadeiro retrocesso, pois enquanto ficamos parados deixamos de evoluir, deixamos de fazer o que devíamos ter feitos anos a trás, e só nos damos conta disso (quando nos damos conta)depois que o tempo já passou. E infelizmente o povo brasileiro além de perceber as coisas tarde também tem memória curta.


  Finalizando, não podemos apenas exigir que as pessoas tenham a consciência e votem certo. Como exigir algo assim de uma cultura que vota por obrigação sem muitas vezes se importar? E não sem se importar propositalmente, e sim pela própria falta de uma educação políticaque não mostra o verdadeiro valor das coisas. Neste período de eleições o Quase Isso vai trazer alguns textos sobre o tema. Espero que gostem, abraços.