sexta-feira, 25 de maio de 2012

Jornalismo sensacionaL(ista)

   Como todos devem ter visto, essa semana aconteceu um fato no "Brasil Urgente Bahia" com a repórter Mirella Cunha. Ao entrevistar um acusado de estupro a moça que se diz (ou dizia) repórter, debochou da falta de conhecimento do rapaz. Ela também afirmou que ele tentou sim estuprar, além de fazer diversas piadas. Isso me fez pensar sobre o Jornalismo sensacionalista.

   Antes de tudo, não estou defendendo o suposto criminoso, até porque ele era um acusado e não sei que fim levou o caso, se já foi condenado, ou se não conseguiram provar, mas enfim, como estudante de jornalismo que sou, tenho um mínimo de conhecimento de qual é o trabalho de um repórter. Informar o seu público, ser imparcial (por mais difícil que seja) e ser ético. Ética, palavra que não consta no dicionário de Mirella.


    Um jornalismo sem ética é como um time de futebol que comprou o juiz para vencer o jogo. Tirando um pouco o foco da repórter, programas sensacionalistas estão por toda parte, são noticiários que fazem de tudo para atrair a audiência da população. Não importa se brincam com um drogado ou bandido de qualquer "espécie", não importa se mostram mortes em 70% do seu tempo. O que importa são quantos pontos de audiência conseguem. E não querendo menosprezar ninguém, mas sabemos que boa parte das pessoas que assistem tais programas tem um nível de educação mais baixo.

   Programas sensacionalistas são do tipo que agora pode falar bem dos grandes, mas dois minutos depois  critíca como forma de chamar o apoio popular, são os chamados muitas vezes "defensores do povo", povo este que sim, precisa ser defendido, mas que se tivesse acesso a um pouco mais de conhecimento saberia que está na verdade sendo usado.

   Fiz esse teto menor hoje, e pra finalizar gostaria de dizer que eu espero, ou melhor, eu gostaria que o exemplo da repórter da Band na Bahia viesse a ser útil como lição para outros "Jornalistas" não cometerem os mesmos erros, mas, infelizmente eu duvído muito que esse caso mude alguma coisa. Após cair no esquecimento vamos todos nos voltar para as televisões e ver o velho sensacionalismo no seu lugar de sempre, iludindo as mesmas pessoas.

Deixo pra vocês esse vídeo, um senhor mesmo na simplicidade dando uma "aula" ao jornalista.



segunda-feira, 21 de maio de 2012

A justiça tarda, e falha

 Olá, hoje resolvi comentar sobre a estudante Mayara Petruso, condenada por racismo com os nordestinos. Pra quem não se lembra, Mayara, que estudava direito, postou em seu twitter a frase abaixo.


 Isso ocorreu após as eleições presidenciais que aconteceram em 2010, onde a candidata Dilma Rousseff foi eleita Primeira mulher presidenta do Brasil com uma grande quantidade de votos no Nordeste.

 Bom, a questão é, Mayara foi condenada pela justiça a um ano e cinco meses de prisão de prisão, mas (como sempre no caso da nossa justiça existe um "mas" ) a pena foi convertida em prestação de serviços comunitários e multa. Agora o que seria uma multa para uma pessoa de família rica? O que será um ano e meio de serviços comunitários? Não é e não será nada para ela.

 A justiça foi feita? Respondo tranquilo que não. Muita gente pode achar que uma simples frase em uma rede social não merecia uma punição mais forte, até porque não fez mal a ninguém, ou fez? Por mais que seja apenas uma frase dita em um momento em particular, foi um momento em que ela expressou a verdadeira opinião dela, sem pensar em consequências. E quando não existe uma real punição para coisas assim, a tendência é a repetição da mesma.


 E agora eu faço outra pergunta, se por acaso o ocorrido acontecesse com alguém que tenha poucas condições, sem possibilidade de pagamento da multa, o que aconteceria? A punição seria mais severa, e seria sim justa, mas neste caso não foi. O que aconteceu foi a abertura de procedentes para que o caso continue acontecendo.

 Posso exemplificar da seguinte forma, uma pessoa comete um homicídio, sabemos que nossa sentença máxima é de 30 anos, mas cumprindo um terço da pena o assassino já pode ser solto, se existir um bom comportamento é possível até com menos de um terço a liberdade condicional. Ai faço a mesma pergunta. Isso é justiça? Claro que a comparação é um pouco distante, mas crimes são crimes em qualquer lugar, e o fato de um ser pior que o outro não elimina o fato de ser errado. 

 Pra finalizar, o Ministério Público Federal vai recorrer da pena dada a estudante, o orgão considerou que a pena foi insuficiente. E como detalhe, a multa paga foi de apenas R$500.

 Só posso esperar que o MPF consiga alguma coisa, por mais que a situação me faça não ter muitas esperanças, quem sabe as vezes  ditado funciona. "A justiça tarda mas não falha".